Reunião ocorrida na manhã deste sábado no Gabinete do Prefeito Dr. Marcos Guarino reuniu o promotor de Justiça Fábio Laureano; o geólogo Sílvio Costa; Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, além dos secretários Jorge Feres (Obras); Luíza Agostini (Saúde); Vanessa Azeredo (Desenvolvimento Social); Vanderléia Castro (Governo e Administração); Tatiane Viana Rangel (Direitos Humanos); Fernando Levati (Agricultura); Mauro Francisco Aquino (Urbanismo e Meio Ambiente); Leandro Cunha (Defesa Civil), Eduardo Marge (Procurador do Município); João Ciribelli (diretor de Água e Esgoto do Demsur) e Mário Brambila (Demuttran).
O objetivo desta convocação para a manhã de sábado (21/01) foi apresentar um breve histórico do trabalho de campo executado pela equipe do geólogo Sílvio Costa no bairro Gaspar e diversos pontos da cidade. Segundo ele, residências nas ruas 7 de Setembro, 1º de maio e Eduardo Braga no bairro Gaspar correm risco de desabarem por conta das fissuras em alguns pontos e pelo deslizamento ocorrido há cerca de 15 dias e que desestabilizou o solo no local. “Além disso existem riscos iminentes como esgoto, fossas sépticas, água da chuva com telhados jogando o excesso para dentro dos terrenos e não para as ruas como deveria e algumas árvores que podem aumentar o risco de novos deslizamentos”, esclareceu.
Na próxima semana Sílvio Costa entregará um relatório que respaldará todos estudo feito e que denotará as medidas a serem tomadas pelo Poder Público Municipal. “O risco de novos deslizamentos é real. A chuva não cessa, existem fatores que podem levar a novos escorregamentos de casas e barranco”, enfatizou.
Dr. Fábio Laureano disse que vem visitando o bairro e conversado com moradores e solicitando que os mesmos deixem o imóvel se os órgãos competentes identificarem risco iminente. “Em Muriaé tivemos perdas de bens materiais. Vidas estão sendo preservadas. É preciso que as pessoas entendam que os poderes públicos estão fazendo o máximo possível para minimizar as perdas que ocorreram e para evitar uma catástrofe maior. Se for aconselhado a deixarem o local, façam. Primeiro a vida, depois o bem material”, explicou.
Quanto às árvores que colocam em risco as vias e casas no bairro Gaspar, Mauro Aquino fará levantamento com os profissionais de sua pasta e apresentará histórico ao Corpo de Bombeiros para que crie uma escala para retirada em segurança destas árvores.
Sargentos/BBM Saulo e Sílvio estiveram presentes e falaram que o trabalho da unidade em Muriaé conta, inclusive com o suporte de secretarias municipais em alguns casos e que precisa do estudo para que proceda a retirada das árvores.
A Polícia Militar esteve presente com o sgt/PM Tureta e cb/PM Rafael, lembrando que estão sendo fazendo rondas no local e que pode ser ampliado o trabalho se for necessário.
Após a reunião de explanação do trabalho a ser feito foi feita uma coletiva de imprensa com veículos de comunicação do município onde o prefeito, Dr. Marcos Guarino, pediu a compreensão dos muriaeenses para atenderem aos comunicados oficiais e pedidos para que deixem áreas de risco. “Preservar vida primeiro, depois os bens materiais. Estamos fazendo o máximo para que os prejuízos sejam mínimo. Estamos fazendo o máximo para que possamos melhorar a situação aos moradores do bairro Gaspar, mas estamos atentos a todos os bairros da cidade. O risco não é só neste local, existem outras áreas de risco e preocupação e continuamos trabalhando para o nosso povo, a nossa gente”, disse o prefeito.
A chuva intensa e com vetos fortes que caiu sobre a cidade neste mês de janeiro provocou um fenômeno provocado pelo escorregamento de materiais sólidos, como solos, rochas, vegetação e/ou material de construção ao longo de terrenos inclinados, denominados de “encostas” no bairro Gaspar. “Os deslizamentos em morros urbanos ocorreram devido ao crescimento desordenado, construções irregulares e por fossas sépticas feitas ali”, disse Sílvio Costa ao final da reunião.